quarta-feira, 29 de junho de 2011

PRE PRE PRE PREFACIO DO MEU LIVRO!

  Venho por meio deste agradecer dois caras que acreditam em minha pessoa, me apoiam em várias ideias, e que fazem a diferença na cena goiana: -Kaio Bruno que me deu a oportunidade de  em breve lançar um livro de bolso junto ao LETRA LIVRE, (que organiza saraus poéticos repletos de jovens goianos). -Diego El Khouri, meu amigo, parceiro e irmão cósmico.Apesar de ser ele talvez ,o poeta mais brilhante dessa nova safra goiana, olhou meu trabalho,  e entendeu por assim ele vem me incentivando a crescer e levar a poesia para outro patamar.
  O Diego seria a melhor pessoa para fazer o Prefácio de meu primeiro livro, pela amizade e todo o acompanhamento que temos um pelo trabalho do outro.
E por isso ele o fez. Segue ai o Prefácio: 


No meio da noite melancólica sem voz e sem brilho; dentro do copo da bebida mais barata; no beijo lascivo em meninas charmosas de seios fartos e boca apetitosa; no barulho entorpecido dos carros, no brilho dos postes, na calmaria bucólica ou no caos da metrópole, entre paixões turbulentas,  desejos incertos, sentimentos diversos, gritos, música, violões, olhares desesperados, coprofagia nata, corpos em volúpia desequilibrada e pureza de alma. Nessa neblina psicodélica se encontra a poesia dessa jovem escritora de apenas dezenove anos de idade, mas que tem muita história pra contar. De vocalista de  banda punk, nos seus quinze anos, a compositora de MPB, da poesia lírica a devassa, da porrada ao beijo, a todo esse misto de contradições sobrevive a arte de Anna Alchuffi: um misto de dor e prazer.
Ler Anna é beber um uísque com Bukowski ao som de Miles Davis. É andar na corda bamba sem medo de cair. É correr para todos os lados e se encontrar. É dançar um samba bem malandro numa melodia popular de Bezerra da Silva rindo feito louco e chorando às vezes. É simplesmente deitar na grama, se libertar das amarras, mesmo que apenas em sensação.
Sua poesia perambula por diversas escolas literárias. A forma de escrever como se fala, o descomprometimento com pontuação e o verso fragmentado em cortes como cortes de cinema tem muito a ver com a beat generation. E não fica por aí. A palavra alquímica como porrada ritmando a ação, destruição do tema nobre, “os desregramento dos sentindos”, é sua ligação com a poesia dita marginal, aquela não vinculada nas grandes mídias, que tem seu maior símbolo Arthur Rimbaud. Depois vem a poesia fescenina, aquela poesia erótica sem papo na língua que todo poeta carrega em si, uns mais outros menos, como diz Sylvio Back no ensaio "A poesia das Inevitabilidades". Juntando tudo com seu misticismo que namora por vezes com uma visão cética da existência e a influência gritante que a MPB tem em sua vida, além da sombra “do it yoursef” do niilismo punk e da contracultura, ( todos movimentos anteriores a seu próprio nascimento, mas que carrega em si toda uma cara de inspiração e brilho) teremos Anna Alchuffi, minha parceira cósmica,  a poesia viva em tom de fogo e sangue, porque como dizia o modelo de Carjat, o “selvagem” Rimbaud, “o poeta é mesmo ladrão de fogo”.

Diego El Khouri

(Valeu Doug!)
  

Um comentário:

  1. puta que pariu! que apresentação!... Diego me surpreende cada dia que passa, você também! Parabéns pela publicação!

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