quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Poetisa Suicida

Será que sou louca e digo que sou lucida?
A sanidade é muda
e o mundo parece que não muda.

A celebração da insanidade é o que me fez viver
Mato todos os dias o que resta de minhas sobras
O que seria um poeta
                               a não ser suicida?

Será que sou lucida e digo que sou louca?
Finjo que me mutilo com gilete
Finjo que me mutilo com seu esquete,
que te amo a ponto de sofrer de morte,
e tento ferir o pulso com um novo corte?

É pouco sentimento para tanto fingimento!
Vou bebendo um frasco de cada vez
só para escrever sobre esse sentimento

Não, eu não estou lendo Pessoa!
É que cai bem ao coração eterno adolescente,
cretino e insolente
Esse ''EU'', esse ''quem sou EU?''!

(Anna Alchuffi)

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