quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Para a bicha .







  Evitei teu salto mais alto para a morte. Calcei teu sapato e assim, roubastes meu salto. Sua bicha transformista, odeio tua presença sobre as calçadas em que piso agora! Sei que estivestes nelas pisando como uma vadia das noites na companhia de prostitutos que pagam para dar o cu.
Eu e meus amigos somos como Allen Ginsberg no escuro das clarezas magnificas de uma sociedade em formação, de uma cidade em transformação com seres humanos redondos e rechonchudos com dentes sujos de carne podre e sangue de índios mortos. Mas o lugar é lindo, mesmo fedido. Em seu solo morrerei!
  Todos os dias e todas as noites em que passo com meus passos largos por essa avenida, vejo o retrato que mais te incomoda, ou melhor a estatua que nos deixa imoveis, ridiculamente estúpidos e alfabetizados no ABC dos quarteis e dos coronéis.
 Sua bicha louca, grite logo e vomite tudo para fora, o erro foi seu! Repito, o erro foi seu...Podem fantasiar e enfeitar: Foi do álcool que virou fogo, dos seios da mãe índia, do pequi talvez? -Mas foi sua!-
  Foi a espingarda enfiada no cu e na vagina de quem nem imagina nada sobre a proporção dessas barbáries da Terra do Nunca.




Anna Alchuffi

2 comentários:

  1. Anninha...amo a tua fúria!
    Amo a tua agressão!
    Enfie a porrada em todos,
    enfie a porrada em mim...
    Malditos filhos das putas mais ignorantes da face da terra...abram os seus ouvidos imundos de cera e tentem entender o que a mulher furacão insiste em lhes dizer...

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  2. Alexandre, menos meu bem! kkk! Obrigada, ao menos você entendeu!

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