domingo, 19 de fevereiro de 2012

MÃOS LIMPAS PELA CULTURA


Este movimento se propõe a conscientizar e mobilizar os cidadãos (artistas, trabalhadores da cultura, ou não) em torno da urgentíssima necessidade de se instalar novos modelos de gestão, que primem pela excelência, produtividade e transparência, em todas as instituições municipais, estaduais e federais.

Uma vez que há recursos orçamentários para a cultura nas três esferas do governo, é direito do artista, do trabalhador da cultura, e da sociedade em geral, ter acesso a essas informações de maneira livre e democrática. Sem burocracia.

É preciso fazer uma “Operação Mãos Limpas”, como na Itália dos anos 70, adaptada ao Brasil dos dias de hoje. Chega de conchavos, licitações tortuosas, projetos de calada da noite, panelas, adendos orçamentários, e qualquer coisa que não seja honesta. É importante frisar que não é uma ação contra as pessoas e sim um “tomar posse” dos nossos direitos como cidadãos, artistas ou não.

Podemos e devemos questionar o custo-benefício das instituições e pessoas culturais. Por exemplo:

- É justo a Orquestra Sinfônica de Goiânia paralisar as atividades por três meses sob o pretexto de férias remuneradas? (O cidadão comum tem 90 dias de férias remuneradas por ano?) É justo um salário tão baixo para os músicos após mais de 10 anos esperando uma reformulação? Há concurso para maestro? Só pode haver um maestro para a Orquestra e um para o Coro?

- Não é contra-producente a dança de cadeiras na qual o dirigente da instituição A de ontem, é o dirigente da instituição B de hoje, e será o dirigente da instituição C de amanhã? Não são cargos para os quais espera-se concurso ou um processo seletivo justo e muitas vezes até anônimo?

- E os contratos de prestação de serviço? Eles existem? Ou só aparecem por mágica “no dia em que Deus dá bom tempo” para a prefeitura pagar alguém? Existe auditoria contábil na prefeitura?

- A Revirada Cultural, que está se revelando uma verdadeira bagunça cultural, não é um enorme desperdício de recursos? Não há data para pagar os trabalhadores? Existe critério de seleção dos artistas participantes? Como são escolhidas as empresas que constam nos contratos?

- O Canto de Ouro surge de uma hora para outra com a programação pronta, sem edital e sem o critério de seleção divulgado?

- Existem atitudes ou posturas que o artista deva assumir para ser privilegiado nas seleções, ou, em outras palavras, é dever do artista agir com puxa-saquismo?

- Qual o motivo da eterna demora no pagamento de projetos da prefeitura: Grande Hotel Revive o Choro, projetos de Blues, Jazz e MPB do Goiânia Ouro?

O objetivo deste grupo é dar voz ao MOVIMENTO MÃOS LIMPAS PELA CULTURA, procurando respostas a essas e outras perguntas. Voltamos a frisar que não pretendemos ações contra as pessoas e sim um novo paradigma para a cultura em Goiânia.

Somente serão aceitos posts de assuntos relacionados. Membros que usarem o espaço para divulgação de eventos ou futilidades, como por exemplo “bom dia, comunidade!”, serão imediatamente excluídos.

JUNTE-SE AO MOVIMENTO!

FAÇA DENÚNCIAS!

FAÇA VALER SEUS DIREITOS!


(Arnaldo Freire)

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