''Estranho ouvir um artista colocando limites na arte. Hoje (25 de março) no Sarau Letra Livre ouvi o coordenador do projeto dizer que poesia não pode fazer denúncia, tem que ser docinha, bonitinha, romantiquinha... Putz! Nunca ouvi tanta besteira antes! E ainda dizer que o palco é aberto, mas não pode isso, não pode aquilo... piada não porque... falar de política não, porque... "quem fala demais dá bundinha a cavalo"?! Meu Deus! Não acredito que ouvi isso! Penso que somos um povo calado demais, devíamos falar mais, muito mais! Ficamos calados diante tanta atrocidade e injustiças! Até quando?'' - Heliany Wyrta, pedagoga.
Após a leitura de um poema em defesa da classe artística (que ficou desmoralizada no Estado de Goiás por levarem um calote e atrasos nos pagamentos) em um evento sobre literatura & poesia, onde dizem ter um palco aberto, o professor Renato Regis recebeu uma dura advertência do produtor do evento. Advertência grosseira no palco. É no minimo feio para um rapaz que trabalha com produção cultural ( repito, cultural) promover cultura e não deixar que ela se expanda para o lado social.
Estudiosos da Arte, Cientistas Sociais e Artistas afirmam que a ARTE é um modo de transmitir pensamentos, sensações, criticas e tudo referente ao lado humano. O poeta é livre para criticar, imaginar, criar, sonhar, escrever e declamar. São inúmeros os poetas que descrevem a realidade social em suas poesias, dentre eles um dos meus ''idolos'' FERREIRA GULLAR, e também VINICIUS DE MORAES, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, GREGÓRIO DE MATOS, CASTRO ALVES, PABLO NERUDA, ALLEN GINSBERG, VICTOR HUGO,GONÇALVES DIAS...
“Metamos o martelo nas teorias, nas poéticas e nos sistemas. Abaixo este velho reboco que mascara a fachada da arte!” - VICTOR HUGO.
Os Textos lidos por Regis ( da autoria do mesmo) foram estes, caros leitores: | |
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Por: Renato Regis.
700 reais pela apresentação.
É o que vale para eles o Umbando.
1,5 milhão, é o que pagam
Por um rebanho de 62 cabeças
Um bando comandava a pasta
(e quem ainda comanda?)
Contrato para amigos, parentes.
Os artistas vão às ruas:
Pressão nos gabinetes.
Milhares de reais
Que ficaram para trás:
Fest Cine, Goiânia em Cena,
Revirada Cultural:
E o que a prefeitura acena?
Kleber A. Branquinho, vendo
Preta a situação, abandona
Como um rato o barco.
Mas as tetas continuam a jorrar.
“Quem agora vai mamar?”
Questiona o poeta anarco.
Entre os políticos e as vaquinhas
Existe algo de parecido:
Por onde eles passam,
Um rastro de merda fica.
E também:
Irisville e as homenagens a figuras públicas
Semanas atrás uma colega me falou sobre o Irisville. Encarei como troça. Mas o que vi dias depois na TV: a inauguração de um conjunto residencial na GO 010 pela prefeitura de Goiânia. 400 casas. Eis o Irisville. Qualquer pessoa que tiver dois neurônios compreendeu a razão pelo qual o residencial foi batizado com tal nome. O Irisville se junta agora a bairros como o Dona Iris e O Valéria Perillo, cujos nomes nos trazem certas lembranças.
Já os prédios públicos só podem ostentar nomes de políticos depois que eles estão mortos (exceto no estado do Maranhão). Morrendo alguns destes excelentíssimos senhores, homens e mulheres de vida pública, exemplos de vida ilibada, ética e moral para o vil populacho, sugiro que batizemos com seus nomes prédios e órgãos públicos cujas funções são inerentes, relativas ás personalidades e conduta dos homenageados. Enfim, que nos lembrem o defunto. Por exemplo:
É, TEM MUITO PUXA-SACO FAZENDO POLITICAGEM ONDE NÃO DEVERIA!
aushuashueuishuaioshuei....GENIAL!!!!!!!!!
ResponderExcluirSempre fui contra essa palhaçada de colocar nome de sanguessuga em qualquer tipo de patrimônio público...Onde já se viu, nome de coronel escravocrata em cidade, em rua, em condomínio...E o salário...Ó!!!!!!!
Seja público ou privado, nome bonito é Severino da Silva, que pega ônibus e trem lotado, todos os dias, para dar seu sangue por 600 reais por mês...
ResponderExcluirQuanto a esse coordenador bunda mole do projeto, diga a ele que Glauber Rocha vai puxar o pé dele, por debaixo da cama, se continuar a excretar porcarias no microfine...
Censura em evento de arte... babaquice. A sujeira nada mais foi que muito bem mostrada!
ResponderExcluiré isso, arte livre só quando convém. Muito bom o poema do Renato Regis, mostrando que um texto pode mesclar crítica social com qualidade artística.
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