sexta-feira, 10 de junho de 2011

Quem sou eu?



''O poeta se faz vidente por meio de um longo, imenso e refletido desregramento de todos os sentidos. Todas as formas de amor, de sentimento, de loucura; ele procura ele mesmo, ele esgota nele todos os venenos, para só guardar as quintessências.''
(Arthur Rimbaud)
  Ele gostava mesmo era do barulho do cigarro se apagando na água. Ele gostava da irritante coceira no ouvido,do ronco da velha geladeira pela madrugada e do incomodo de ser ele mesmo.
  Era quase um marciano fora de Marte vivendo em um planeta estranho, onde ele era forasteiro. Incompreendido! E senão fosse doses diárias de bom humor e conhaque talvez estaria em um manicômbio qualquer.
  Não se prende a nenhum sentimento, forte ou fraco.Não se prende as cidades, grandes ou pequenas, não sabe se ama ou odeia as mulheres.
  Quando criança olhou para a prateleira de discos, repleta de marcianos. Amou,amou os MÚSICOS e POETAS, seres loucos e impactantes que quase todos detestavam!
Um dia ele amou exageradamente algo, ou alguém, e ele detestou da mesma forma.
 Ele gostou de sentir o tudo e o nada, de mudar de opinião de deixar alguém em contradição, ele gostou mesmo é de guardar as experiências de ser pouco e muito.
   Nasceu Egberto, o marginal maldito solitário incurável, que só queria saber quem ele era!
 A busca por saber quem somos, é uma estrada que nos leva em direção a loucura, a solidão, a ser diferente...A criar uma personalidade! Essa procura é um mal necessário.


( ANNA ALCHUFFI)

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